Gerson Fernandes nasceu em Lisboa e desde pequeno adorava dar pontapés numa bola. Aos oito anos a família mudou-se para a Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde viveu até à maioridade. Jogava à bola na rua com os seus amigos, crianças da mesma idade, e aos 10 anos ingressou no Sporting Clube da Covilhã na equipa de futebol 11. Sempre com o pensamento em dar um salto para um dos clubes grandes. Tal não aconteceu, e aos 18 anos decidiu regressar a Lisboa onde começou a trabalhar como eletromecânico na Carris. Em Lisboa volta a jogar futebol, na modalidade de futsal, e um dia é desafiado por um amigo a jogar futebol de rua. “Assim que comecei nunca mais quis parar. Fiquei viciado. Este desporto fez-me crescer enquanto pessoa, fiz novas amizades – que ficam para a vida – e encontrei algo que promove a inclusão social”, diz Gerson Fernandes.
Vive sozinho em Lisboa e continua apaixonado pelo futebol. “É cada vez mais difícil conseguir singrar neste desporto. Há muita concorrência e eu estou a ficar mais velho”, refere. Sempre quis ser jogador e é por isso que depois de um dia de serviço continua a ir treinar. “Quem corre por gosto não cansa”, afirma Gerson. Foi assim que conseguiu chegar à seleção nacional e representar Portugal, em 2018, no México. Algo que nunca esquecerá. Está agradecido à Associação Cais por ter iniciado o futebol de rua em 2004.
Marcou muitos golos ao longo dos anos, no entanto não se esquece do primeiro que marcou. “Foi uma sensação indescritível, foi um sonho que se tornou realidade”, conta. Hoje é feliz com o seu trabalho que lhe permite ao final do dia continuar a concretizar a sua paixão!
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