Antero Quaresma tem 77 anos e todas as tardes visita a CAIS para dar vida a uma horta esquecida.
É natural do concelho de Castro Daire. E por aqui, começou a trabalhar no campo ainda muito jovem. Aos 15 anos desafiou a sua sorte e veio para Lisboa à descoberta de um futuro melhor. Fez serviço militar durante três anos: nove meses em Portugal e dois anos e três meses em Angola.
Regressou a Lisboa para se casar com a sua atual esposa. Trabalhou em fábricas de borracha, de cortiça, de sabão e, por fim, no setor da distribuição automóvel, em Lisboa.
No dia 30 de abril celebra 54 anos de casado e continua em Marvila com a sua esposa, onde sempre viveram.
Neste momento, a sua ocupação principal é a horta da CAIS. Já plantou cebolas, curgetes, alho francês, feijão, couve-lombarda e couve-flor.
O objetivo é plantar muito mais… Mas quando interpelado sobre o objetivo desta horta, diz ser “uma resposta comunitária para quem mais precisa”. O objetivo não é vender, nunca vendeu nada do que cultivou.